quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Recompensa por bugs

A Microsoft lançou hoje um concurso que irá premiar com 250 mil dólares, os pesquisadores que desenvolverem tecnologias de segurança que lidem com classes inteiras de vulnerabilidades (exploits).

O valor da premiação, nomeada de "BlueHat Prize", supera de longe o valor de prêmios pagos por seus concorrentes, como o Google, que paga por informações sobre bugs em seu navegador, o Google Chrome, que neste ano premiou com pouco mais de 110 mil dólares.

A Microsoft alega que essa competição é um estímulo para incentivar o esforço do cérebro dos pesquisadores a irem além de “uma vulnerabilidade aqui e um bug ali”. “Queremos tornar mais custoso e difícil para os criminosos explorarem as vulnerabilidades”, disse a estrategista sênior de segurança da Microsoft, Katie Moussouris.

Com essa iniciativa, que foi muito elogiada por Andrew Storms, diretor de operações de segurança da nCircle Security, a Microsoft muda uma das políticas da empresa, que antes alegava não ter o menor interesse nesse tipo de premiação.

Acredito que com essa iniciativa, a Microsoft começa a ceder para o esforço comunitário, onde pessoas poderão contribuir para aumentar a segurança do sistema operacional Windows e outros softwares desenvolvidos pela Microsoft.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

McAfee afirma ter descoberto maior série de ataques hackers

A McAfee, empresa especialista em segurança, afirma ter descoberto a maior série de ataques hackers. Foram redes de 72 organizações, durante cinco anos, entre elas a ONU, governos e empresas ao redor do mundo.

Segundo a empresa, esta teria sido a maior série de ataques já registrada. Acredita-se que exista uma "protagonista estatal" por trás dos ataques, mas não identificou o país, ainda que indícios apontem para China.

A lista de vítimas inclui os governos dos Estados Unidos, Taiwan, Índia, Coreia do Sul, Vietnã e Canadá, o Comitê Olímpico Internacional (COI) e uma série de empresas. Na ONU, a invasão ocorreu em 2008, e operou em silêncio durante 2 anos, obtendo grande volume de dados sigilosos.

“Ficamos surpresos com a enorme diversidade das organizações vítimas e com a audácia dos criminosos”, afirmou o vice-presidente da McAfee Dmitri Alperovitch.

A descoberta das invasões ocorreu em março de 2011. Segundo a McAfee, as primeiras violações ocorreram em meados de 2006. Alguns ataques foram breves, com curta duração, porém o mais longo, contra o comitê olímpico de um país asiático, durou 28 meses.

“Empresas e agências de governos estão sendo hackeadas e saqueadas todos os dias. Eles estão perdendo vantagens econômicas e segredos nacionais para competidores sem escrúpulos”, afirmou Alperovitch. "Trata-se da maior transferência de riqueza de todos os tempos, em termos de propriedade intelectual", disse. “A escala com que isso está acontecendo é muito assustador”.

Jim Lewis, especialista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, afirmou ser muito provável que a China esteja por trás das invasões já que alguns alvos têm informações que são interessantes para o país.

Big Brother da vida real

Em um futuro próximo, será possível tirar uma foto de uma pessoa com o seu iPhone ou Android e em alguns minutos saber dados pessoais da pessoa, como CPF, data de nascimento, situação de crédito, interesses, etc.

A técnica consiste em ligar o rosto de pessoas aleatórias a imagens em bases que possuam informações sobre essas pessoas. Essas bases podem ser o Facebook, Orkut ou outras redes sociais ou base de dados que contenham tais informações.

Esse assunto será abordado por Alessandro Acquisti, da universidade Carnegie Mellon, nos EUA, na conferência de segurança Black Hat, que acontecerá em Las Vegas. A intenção é mostrar que já existe uma estrutura de segurança digital que consegue descobrir dados através de fotos, e que a tendência é que ela seja aprimorada com o avanço das tecnologias. "Isso, acredito e temo, é o futuro para o qual estamos caminhando!", diz.

A apresentação será baseada em 3 aspectos: O primeiro é o cruzamento das imagens com perfis do Facebook. O software de reconhecimento facial será o PittPatt, que recentemente foi adquirido pela Google. A segunda é tirar foto de pessoas de modo aleatório e compará-las com outras bases para reconhecimento em tempo real. A terceira será pegar o perfil dos usuários do Facebook e através de dados pessoais, determinar os 5 primeiros dígitos do seguro social (espécie de CPF nos EUA).

Futuramente, se isso realmente vingar, o que será da nossa privacidade? Certamente essas informações cairão em mãos erradas se não houver um controle muito bem planejado em quem terá acesso a tal tecnlogia, mesmo assim ainda acredito que, independente do controle de acesso, haverá fraudes baseadas em tal tecnologia.