quinta-feira, 28 de março de 2013

Anonymous planeja ataque ao Facebook com "material sem censura"


O grupo hacker Anonymous anunciou que pretende atacar o Facebook no dia 6 de abril, mesma data em que Mahatma Gandhi iniciou a desobediência civil à lei britânica em 1930 e em que os egípcios se ergueram contra o regime ditatorial de Hosni Mubarak em 2011. A operação #OpTruthForce (força da verdade, em tradução livre) chama os ativistas a sobrecarregarem a maior rede social do mundo com "material sem censura". As informações são do Daily Dot.
No site AnonNews.org, os hackers acusam "governos e corporações" de tentar "barrar a liberdade de expressão das pessoas". "Nos últimos meses, testemunhamos um número crescente de contas bloqueadas e deletadas pelo Facebook de usuários que ousam ridicularizar, debochar, satirizar ou se erguer contra líderes políticos ou corporações profundamente envolvidas com política", continua o texto.

A operação está marcada para as 22h de Brasília, e pretende ser um ataque internacional. "Todos os anônimos no mundo ataquem o Facebook com material sem censura. Vamos continua com o bombardeio de materiais por tanto tempo quanto conseguirmos - se tudo der certo, por 24 horas", conclama o comunicado dos hacktivistas.
A proposta é sobrecarregar o sistema. "Os administradores (do Facebook) não vão conseguir nos parar. Eles não podem banir a todos nós", explica o texto. No site, há o link para um evento do Facebook que parece ter sido retirado do ar, mas a busca por eventos com o nome da operação indica outros eventos criados para chamar os usuários a participar.


quarta-feira, 27 de março de 2013

'Maior ataque cibernético da História'

A internet ficou mais lenta ao redor do mundo nesta quarta-feira devido ao que especialistas em segurança chamaram de maior ciberataque da História.
Uma briga entre um grupo que luta contra o avanço do spam e uma empresa que abriga sites deflagrou ataques cibernéticos que atingiram a estrutura central da rede.
O episódio teve impacto em serviços como o Netflix - e especialistas temem que possa causar problemas em bancos e serviços de email. Cinco polícias nacionais de combate a crimes cibernéticos estão investigando os ataques.
O grupo Spamhaus, que tem bases em Londres e Genebra, é uma organização sem fins lucrativos que tenta ajudar provedores de email a filtrar spams e outros conteúdos indesejados.
Para conseguir seu objetivo, o grupo mantém uma lista de endereços que devem ser bloqueados - uma base de dados de servidores conhecidos por serem usados para fins escusos na internet.
Recentemente, o Spamhaus bloqueou servidores mantidos pelo Cyberbunker, uma empresa holandesa que abriga sites de qualquer natureza, com qualquer conteúdo - à exceção de pornografia ou material relacionado a terrorismo.
Sven Olaf Kamphuis, que diz ser um porta-voz da Cyberbynker, disse em mensagem que o Spamhaus estava abusando de seu poder, e não deveria ser autorizado a decidir "o que acontece e o que nao acontece na internet".
O Spamhaus acusa a Cyberbunker de estar por trás dos ataques, em cooperação com "gangues criminosas" do Leste da Europa e da Rússia.
A Cyberbunker não respondeu à BBC quando contactada de forma direta.
'Trabalho imenso'
Steve Linford, executivo-chefe do Spamhaus, disse à BBC que a escala do ataque não tem precedentes.
"Estamos sofrendo este ciberataque por ao menos uma semana". "Mas estamos funcionando, não conseguiram nos derrubar. Nosso engenheiros estão fazendo um trabalho imenso em manter-nos de pe. Este tipo de ataque derruba praticamente qualquer coisa".
Linford disse à BBC que o ataque estava sendo investigado por cinco polícias cibernéticas no mundo, mas afirmou que não poderia dar mais detalhes, já que as polícias envolvidas temem se alvos de ataques também.
Os autores da ofensiva usaram uma tática conhecida como Negação Distribuída de Serviço (DDoS, na sigla em inglês), que inunda o alvo com enormes quantidades de tráfego, em uma tentativa de deixá-lo inacessível.
Os servidores do Spamhaus foram escolhidos como alvo.
Linford disse ainda que o poder do ataque é grande o suficiente para derrubar uma estrutura de internet governamental.